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Antonio Luiz Mendes Soares

10/04/1945

“Meu Amor, hoje é dia 21.07.21. Há exatos 202 dias perdemos você fisicamente e perder acredito ser, o verbo mais coerente a ser usado! Conviver sem você está FODAAA! Muitos amam e admiram o Excepcional profissional que você foi (sua obra é eterna), mas eu só queria ouvir seu "Bom dia, meu amor" todas as manhãs, ao acordar, e assim, começar as nossas atividades, como fazíamos quando você estava em casa. Até conhecer você, eu desconhecia a hierarquia do cinema, embora respeitasse e admirasse muito seu trabalho, o que para você era a sua vida, eu sempre que pensava na seu trabalho, lembrava que ele levaria você de mim, por um tempo (às vezes, por meses), um paradoxo, pois foi através do seu trabalho, que nos conhecemos. Mas enfim! Conheci Antônio em Belém, no ano de 2016, na frente do Teatro da Paz. Ele estava trabalhando na minha cidade natal. Embora, eu nunca tenha acreditado em amor à primeira vista, algo aconteceu ali! E devagarzinho fomos escrevendo a nossa história! Quando a Patricia criou o site, ela pediu para que eu fosse a primeira, a escrever sobre você, Antônio. Mas eu não conseguia nem pensar por onde começar! E ela soube insistir! E de fato ainda estou perdida, as pessoas julgam as outras de uma tal maneira, que a sensibilidade foi perdida entre outras coisas. Antônio era isso, ele era a sutiliza em pessoa, sempre muito preocupado com o próximo e com a situação do nosso país. Ele nunca perdeu a fé no brasileiro embora fosse agnóstico. Para mim, Antônio é simplesmente, o amor da minha vida! Ele era o protagonista dentro da nossa casa. O marido mais romântico e dedicado. O irmão mais velho na hora da bronca. O pai e a mãe na hora de proteger e direcionar. O amigo confidente na hora de escutar e aconselhar. O amigo mais doidinho, na hora de brincar. O adolescente teimoso na hora da birra. Simplesmente, a pessoa mais inteligente, educada, colaborativa, sensível, amável, participativa, organizada e HUMANA que eu já conheci até hoje! Sempre brincava com ele perguntando, o que ele tinha visto na gordinha, aqui! Muitoooo obrigada por existir para mim, meu amor! Agora só muita terapia para me ajudar, rss ! E pra quem não entende uma relação assim, meus sinceros sentimentos!” Tatiane Souza &&& “Pessoa altruísta e humana, com qualidades, na qual o carisma era a maior delas. Ele tinha um amor imenso pela profissão, respirava e exalava cinema, preocupado com a evolução do ser humano, com a pobreza, desigualdades e com a cultura. Ele buscava sempre formas de eternizar os valores da riqueza cultural nascidas e/ou formadas no nosso país. Ele tinha conhecimento vasto, o que facilitava sua interação em qualquer roda de conversa. Ele era engraçado, mesmo com a característica, de uma pessoa séria. Enfim, eu poderia escrever um livro sobre meu pai, e nele, contaria suas aventuras nas viagens de trabalho, suas experiências como Diretor de Fotografia de filmes, documentários, videoclipes e das aulas que ministrou. Porém, devido a sua exaustiva vida de amor ao cinema, a família ficou meio que em 2° plano, mas ele sempre deu atenção devida e assistência necessária, no que era possível e tangível, eu creio. Era um viciado em cinema e como todo viciado acabou focando 90% na busca de sua onda, que era uma ótima onda, admirável virtuose. Agora que Deus o tenha e o conforte. Saudade de suas visitas Pai!” João Gabriel Laranjeira Soares (Jonga).

Enviado por: João Gabriel Laranjeira Soares

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